segunda-feira, 4 de julho de 2011

Adaptar negócio é saída para crescer, dizem pequenos empresários.

Mudança deve ser encarada de forma positiva, apontam especialista.

 

Pequenos empresários não têm medo de adaptar seus negócios conforme as mudanças, por mais sutis que sejam, do mercado que atendem. Depois de 17 anos de “estrada” e alguns ajustes de público alvo, a Treviso Marcenaria Contemporânea é um típico exemplo.
Começou pequena e restrita aos antes famosos móveis coloniais, mas depois de um boom de crescimento por conta deles, as vendas entraram em queda. A saída foi fazer pequenas alterações que levaram a empresa a se tornar especialista em móveis especiais e agora, novamente se adaptando, em marcenaria.

“Adaptamos um conceito antigo para o que o mercado pede hoje, de móveis sob medida, feitos por marceneiros”, diz a dona Renata Moretto. A mudança não foi de repente: está sendo pensada há um ano. Ela incluiu reposicionamento de mercado, novo planejamento estratégico e mudança da identidade visual da loja. Tudo aos poucos, essa é uma dica de ouro da empresária. “É para que os clientes tenham tempo de se acostumar e ver que a qualidade no produto e no atendimento que conhecem não mudou”, diz.

A empresária diz não ter precisado de crédito extra para fazer mudanças desta vez. Mas o dinheiro a mais não foi dispensado pelo industrial José Benedito Serafim, que mantém uma pequena fábrica de calçados. Iniciada por seu pai, a JBS Calçados começou em 1987 como uma expansão natural dos consertos diários que fazia na oficina.

A fabricação própria rendeu produtos para vender em lojas que Serafim montou com a mulher, Alexia, mas há seis anos, com a especialização do mercado de moda feminina – cada vez mais detalhista – o empresário optou em se especializar nos calçados industriais, que passaram a ser obrigatório como itens de proteção individual para operários. Comprou novas máquinas com linhas de crédito do governo federal e acreditou na mudança.

“Me adaptei prestando atenção no que o cliente segmentado queria”, diz. Tiro certeiro. Prova disso é que na época em que começou a investir nesse mercado, a cidade tinha sete indústrias de calçados, e na região pelo menos duas cidades com indústrias especializadas no mesmo segmento. Só a JBS sobreviveu. 

Vendendo sua produção para os estados de São Paulo e Minas Gerais, Serafim desenvolve quando preciso calçados sob medida para clientes da construção civil, metalúrgicas e pavimentadoras. “Olhar à frente do próprio nariz é fundamental”. 

 Fonte: redebomdia.com.br

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